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Na minha família, fotografia sempre foi algo muito especial… me lembro de um móvel antigo de madeira na sala da casa dos meus pais que tinha três gavetões. Nesses gavetões eram guardadas a nossa fotografia de família. Como era gostoso sentar ali, abrir as gavetas e olhar os álbuns. Isso! Eram albinhos de 10×15 que os laboratórios entregavam quando a gente deixava um filme para revelar.

Nas gavetas na sala, as fotografias da família, em caixas de sapato, as fotos que eu separava de amigos, de família também, de momentos que junto com cartas, bilhetes, letras de música e/ou alguns objetos iam guardando pedaços das minhas histórias, das nossas memórias.

Muito embora não pensasse em ser fotógrafa, sempre curti fotografar. Tanto nas festas e almoços de família, quanto nos eventos que envolviam minha faculdade, e portanto meus amigos. Minha caixa de sapatos é bem recheada!

Uns meses atrás fui convidada pela WPJA – Wedding Photojournalist Association, da qual faço parte com a fotografia de casamento, para integrar o corpo de fotógrafos da sua mais nova associação com foco em fotografia de família, a FPJA – Family Photojournalist Association, ambas com foco na fotografia documental. Fiquei surpresa com o convite e ao mesmo tempo super feliz!!!

Muito feliz também porque logo no primeiro concurso tivemos 14 fotos premiadas!

Não fotografo atrás de prêmios de fotografia, mas gosto de participar de concurso de fotografia. Acho muito legal submeter meu trabalho à análise de outros profissionais e não apenas a das famílias que fotografo. E fico mesmo super feliz quando temos fotos premiadas!

Só tenho a agradecer às famílias que entregaram momentos das suas vidas ao meu olhar. Da gravidez ao nascimento, do nascimento à rotina da família… muito mais que às lentes, vocês tocaram meu coração. Me emocionaram apenas por estarem vivendo de forma intensa e verdadeira momentos tão mágicos diante dos meus olhos, do meu coração. Muito obrigada!

É gratificante demais quando encontramos nosso caminho, nosso propósito. Por mais árduo que o trabalho possa ser, seguimos felizes, com alegria no coração!

Quer ter sua família fotografada por nós? Entre em contato aqui!

A fotografia de nascimentos é algo tão maravilhoso e surpreendente… de uma hora para outra você pode estar em uma sala de parto diante de um dos mais lindos espetáculos da existência humana, a chegada de uma vida à luz.  Muitas vezes faltam palavras para descrever essa experiência, cada nascimento amplia um pouco o sentir, o olhar.

Eu não sabia que ia fotografar a chegada do Joaquim até praticamente minutos antes dele nascer…

Foi assim mesmo, estava em casa terminando as fotos de outra bebê linda, a Giovanna, quando uma amiga em comum telefonou perguntando seu eu podia correr para a maternidade, pois o primeiro filho de grandes amigos ia nascer!

Voei para a maternidade para e fui direto pra sala de parto.  Deu uma alegria quando a obstetra Dra. Fernanda falou: Graças a Deus que é você! Tenho zelo e respeito não apenas pela equipe médica, mas também por esse momento de conexão entre os pais.

São muitos sentimentos envolvidos, tudo é surpresa em um universo completamente novo e diferente do que já se viveu até ali. O nascimento de um filho é algo tão precioso, tão único, tão especial.

A impressão que tenho, fotografando nascimentos, é que nasce junto com o filho um amor único, diferente de tudo o que já se sentiu até ali.

Guardei um tempo especial no Workshop de Fotografia de Nascimentos para falar sobre isso. Estar presente para fotografar um nascimento é algo que exige liberdade de espírito, mas sobretudo sensibilidade. É preciso entender que a fotografia é importante, mas o que está em jogo ali são vidas humanas. Respeitar o trabalho da equipe médica e estar afinado com eles é primordial para a família, para a própria equipe e para o nosso trabalho.

Mas vamos à chegada do Joaquim…

Sabe quando você vê o amor? Difícil falar em ver algo intangível, mas quem já viu sabe… toca a alma, o coração da gente. A união, a cumplicidade, a conexão entre a Nina e o Felipe era tão forte que se expressava na sintonia nos gestos, nos toques, em cada olhar. Eles estavam ali um pelo outro de uma forma tão linda, vivendo juntos o momento quando conheceram seu filho.

Bem vindo ao mundo Joaquim!

Uma das músicas que a Nina mais ouviu na gestação foi “Chuva no mar”, acho que por sintonia escolhi para o slideshow. Achei que era leve, como o amor deles dois <3

Chuva no mar
Carminho
Coisas transformam-se em mim
É como chuva no mar
Se desmancha assim em
Ondas a me atravessar
Um corpo sopro no arCom um nome pra chamar
É só alguém batizar
Nome pra chamar de
Nuvem, vidraça, varal
Asa, desejo, quintal
O horizonte lá longe
Tudo o que o olho alcançarE o que ninguém escutar
Te invade sem parar
Te transforma sem ninguém notar
Frases, vozes, cores
Ondas, frequências, sinais
O mundo é grande demaisCoisas transformam-se em mim
Por todo o mundo é assim

Isso nunca vai ter fim