Era dia 12 de março e faltavam exatos 10 dias para o casamento da Pri e do Frota, aquele casal super querido que fotografamos em Paris.
Naquela época eu mal podia imaginar que o casamento deles seria uma bela oportunidade para exercitar minha capacidade de superação.

Não pratico esportes radicais, fui apenas pegar uma água na cozinha e na volta… pimba!

Sabe aquela topada que você deu esporadicamente ao longo da vida, que toda vez doeu demais, mas que quase sempre foi só um susto e o dedinho nunca quebrou? Pois é… dessa vez ele quebrou! E quebrou bonito, fratura completa.

Apesar do “creck” que eu ouvi, dessa vez não doeu, mas na mesma hora comecei a chorar porque me lembrei do casamento da Pri e do Frota.

Independente da nossa amizade ter se estreitado desde o primeiro contato, da gente estar torcendo junto e vibrando com os detalhes do grande dia, a responsabilidade de fotografar um casamento é imensurável e requer todo um preparo, inclusive físico. São muitas horas de esforço físico e concentração mental em ação para captar a emoção das pessoas de forma genuína e criativa.

O casal muitas vezes sonhou com esse dia a vida inteira e escolheu nosso olhar, nosso coração, a fotografia que produzimos para contar sua história.
E nos contrata com antecedência. Precisamos estar inteiros, de corpo e alma, e para isso eu ia ter que me superar, ir além do meu limite.

No meio da correria de ligar pro hospital e encontrar uma solução, e antes que eu me apavorasse com a situação, me lembrei do Vinícius Matos, meu coach.
Não tem muito tempo que ele fotografou um casamento com o ligamento do joelho rompido. Superou a dor, foi lá e fez! De certa forma isso me ajudou a acreditar que eu ia conseguir também.

Fui pro hospital com esse foco na mente, eu tinha 10 dias para me recuperar.
O médico falou em 30, mas eu sabia que não teria esse tempo.

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Obedeci a todas as orientações médicas.
Analgésicos, antinflamatórios, pé sem encostar no chão… e os 10 dias finalmente se passaram.

O grande dia da Pri e do Frota havia chegado!

Fomos na sexta pra Juiz de Fora, o casamento começou um dia antes! A Pri ia fazer a prova do cabelo e da maquiagem e eu não ia perder essa parte da história por nada! Acho que estava tão focada que quando a dor vinha eu me concentrava em outra foto, e a concentração era tanta que acabava por me fazer esquecer.

Foi assim na sexta e também no sábado. Fomos com tudo!!!

Se eu falasse que não senti dor estaria mentindo.
Mas acho que a responsabilidade, a vontade de fazer o melhor e a energia do casamento da Pri e do Frota minimizaram a dor de tal forma que só fui lembrar que tinha dedinho depois que a pista deu aquela acalmada, um pouco depois da primeira dança. Nada que um analgésico rapidamente não resolvesse!

Um casamento maravilhoso, com uma atmosfera incrível e que terminou depois as quatro da manhã, só porque acenderam as luzes!
Mas isso vocês só vão ver em breve, aqui no blog!
Até lá : )

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